segunda-feira, 9 de maio de 2011

Diferentes Contextos das Violências



Caros colegas professores!
Iniciamos a nossa Jornada de Formação modalidade EAD com a reflexão acerca dos Diferentes Contextos das Violências. Leia, reflita, registre suas ideias. Juntos podemos fazer uma escola melhor.



DIFERENTES CONTEXTOS DAS VIOLÊNCIAS

Ao descrevermos as diversas formas de violências, precisamos refletir em quais contextos elas estão inseridas. Que elementos as constituem e de que maneira determinam e são determina dos por elas?
Para isso, é preciso pensar no significado da palavra “contexto”, no que constitui o berço das nossas ações e na teia que retroalimenta nossas experiências.
No dicionário Aurélio (2004), a palavra “contexto” diz respeito “a um conjunto do texto que precede ou sucede uma frase, um grupo de palavras, uma palavra”, podendo também expressar “um conjunto de circunstâncias que acompanham um acontecimento: julgar um fato em seu contexto histórico”.
No entanto, para pensarmos nos contextos, é preciso entendê-los como um cenário específico, como tempo, local e pessoas presentes, que dá significado a um evento; como moldura que envolve um determinado evento, onde essa moldura normalmente determinará a maneira de se interpretar uma determinada experiência ou evento.
Você já pensou em que contexto você vive? Em qual contexto está inserida a escola em que você trabalha? Como poderíamos caracterizar o contexto brasileiro ou o contexto mundial na atualidade? Esses questionamentos podem nos ajudar a entender
que cada contexto tem seu próprio cenário e que ele se mescla com todos os demais através de sua história, de sua cultura, do seu povo, de suas leis e normas, de suas crenças, de sua política, entre outros, que vão gestar as relações entre os sujeitos.
Dessa maneira, também se constituem as violências, sejam elas física, sexual, psicológica, institucional, doméstica, familiar, pois são sínteses dos meios que as alimentam.
Prestem atenção na letra da música do grupo Engenheiros do Hawai. Ela trata de uma violência travestida, ou seja, de nossas atitudes cotidianas que desvelam a maneira como expressamos as violências que estão em nós, materializadas por meio das nossas práticas, das condutas e crenças que assumimos nas relações.

Violência Travestida Faz Seu Trottoir

No ar que se respira, nos gestos mais banais
Em regras, mandamentos, julgamentos, tribunais
Na vitória do mais forte, na derrota dos iguais
A violência travestida faz seu trottoir
Na procura doentia de qualquer prazer
Na arquitetura metafísica das catedrais
Nas arquibancadas, nas cadeiras, nas gerais
A violência travestida faz seu trottoir
Na maioria silenciosa, orgulhosa de não ter
Vontade de gritar, nada pra dizer
A violência travestida faz seu trottoir
Nos anúncios de cigarros que avisam que fumar faz mal
A violência travestida faz seu trottoir
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Armas de brinquedo, medo de brincar
A violência travestida faz seu trottoir
No vídeo, idiotice intergaláctica
Na mídia, na moda, nas farmácias
No quarto de dormir, na sala de jantar
A morte anda tão viva, a vida anda pra trás
É a livre iniciativa, igualdade aos desiguais
Na hora de dormir, na sala de estar
A violência travestida faz seu trottoir
Uma bala perdida encontra alguém perdido
Encontra abrigo num corpo que passa por ali
E estraga tudo, enterra tudo, pá de cal
Enterra todos na vala comum de um discurso liberal
A violência travestida faz seu trottoir
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Armas de brinquedo, medo de brincar
A violência travestida faz seu trottoir
A violência travestida faz seu trottoir
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Armas de brinquedo, medo de brincar
A violência travestida faz seu trottoir
Tudo que ele deixou foi uma carta de amor
Para uma apresentadora de programa infantil
Nela, ele dizia que já não era criança
E que a esperança também dança como monstros de um filme japonês
Tudo que ele tinha era uma foto desbotada
Recortada de revista especializada em vida de artista
Tudo que ele queria era encontrá-la um dia
Todo suicida acredita na vida depois da morte
Tudo que ele tinha cabia no bolso da jaqueta
A vida, quando acaba, cabe em qualquer lugar
E a violência travestida faz seu trottoir
Não se renda
Às evidências
Não se prenda
À primeira impressão
Eles dizem com ternura
O que vale é a intenção
E te dão um cheque sem fundos
Do fundo do coração (do fundo do coração)
No ar que se respira
Nessa total falta de ar
A violência travestida
Faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
Nos anúncios de cigarros que avisam que fumar faz mal
A violência travestida faz seu trottoir
(Gessinger , 200-).

Essa música ilustra, parcialmente, contextos de violências e acena para a constituição imbricada entre os sujeitos, o momento histórico, o social, o econômico e a cultura, circunstâncias que modelam relações violentas e que imprimem normas de comportamentos cada vez mais violentas. Isso porque, de acordo com Silva (1999, p. 184, grifo nosso),
é possível afirmar que uma vez que as práticas violentas nos
centros urbanos e rurais, incorporam-se a vida cotidiana de
homens e mulheres, conformam mais uma modalidade da
cultura brasileira, inscrevendo-se historicamente no habitus
desses grupos que tenderá a reproduzi-las, sobretudo quando
não houver nenhum tipo de resistência.

Já para Sousa (2006, p. 35), quando traz o conceito de Balandier, as violências podem ser concebidas,
tanto como “figuras de desordens” que compõem o social e
se legitimam como fenômenos emblemáticos na contemporaneidade,
quanto são matizadas por um enredamento difuso,
embrenhado pelas subjetividades que não possibilitam
suscitar explicações redondas em torno delas mesmas. [...]
Nos contextos onde elas ganham efetividade permitem gerar
argumentos que dão conta de uma aproximação explicativa
desses episódios, na forma de um contorno antropológico.

A partir dessa ideia, podemos localizar os contextos nos quais as violências são gestadas, com suas dimensões histórica, social, cultural, institucional, pública, privada, econômica, étnico racial, sexual, geracional, política, nacional, territorial e global.
Elas fazem interconexões e ampliam o olhar sobre a gênese das violências, mas, ao mesmo tempo, não as definem porque as violências jamais estão numa relação linear de causa e efeito. É na complexidade do mundo moderno que as certezas se desvelam frente aos movimentos de vida com expressões de morte.
Isso porque, para Maturana (apud SOUSA, 2006, p. 25),
[...] guardamos como legado dessa disposição histórico social
aspectos requintados da cultura patriarcal em nossa
maneira de viver, os quais valorizam práticas como a guerra,
primam por conservar as relações verticais e hierárquicas,
justificam a sanidade dos artifícios competitivos, reduzem a
convivência a um anfiteatro de lutas diárias, almejam, desesperadamente,
o controle e o progresso a qualquer custo e
assim aprendem a buscar a dominação do outro, o seu semelhante,
especialmente quando se apropriam de uma suposta
verdade, aquela que é sua [...].

Fonte: Módulo 2 : violências, Rede de Proteção e Sistema de Garantia de Direitos / Cristiane Antunes Espindola Zapelini, org. - Florianópolis : NUVIC-CED-UFSC, 2010.



Após a leitura do texto procure responder as seguintes perguntas:

Que imagem fazemos da escola em que atuamos?
Por que escolhemos a profissão de professores (as), com tantas implicações para se fazer práxis?
Gostamos de ensinar, de conviver, de construir conhecimentos com crianças e adolescentes? Quais os mundos que lhes ensinamos?
Como inserimos o outro como referência fundante da aprendizagem, sem precisar moldá-lo à nossa imagem?
Qual é a ética que orienta nossas relações cotidianas?

17 comentários:

  1. 1- A escola em que atuamos evidencia uma variedade de problemas que afloram na convivência diária. Num ambiente onde se busca socialização e harmonia, infelizmente percebe-se hostilidade e intolerãncia que geram diferentes formas de violência.

    2- Na minha opinião,a maioria dos professores escolhe essa profissão pela maior oferta no mercado de trabalho e garantia de estabilidade.
    Quando os professores frequentam um curso de graduação, não são preparados para a realidade que encontram nas escolas.

    3- Apesar de gostar de ensinar, conviver e construir conhecimento, nem sempre é possível que desempenhemos bem nosso papel e acabamos ensinando aos alunos apenas a nossa visão de mundo.

    4- É difícil não tentar moldar o outro (aluno)à nossa imagem,uma vez que, como educadores, tentamos passar valores e princípios que consideramos serem os corretos.

    5- Nossas relações cotidianas devem ser orientadas no respeito e tolerância, buscando sempre conviver bem e respeitar as diferenças.

    ResponderExcluir
  2. Uma definição exata de porque escolhemos a profissão e professor é praticamente impossível, pois existem vários fatores que influenciam nesta escolha, talvez os mais fortes sejam o amor pela disciplina que lecionamos e a incapacidade de guardar o que sabemos num mundo só nosso.
    Contudo concordo com a Prof. Josi, acredito que os cursos de licenciaturas deveriam preparar melhor o professor para certas realidades que encontramos durante a nossa atuação dentro da escola.

    Generalizar que todos os envolvidos na educação gostam de ensinar e conviver com crianças e adolescentes é um sonho, porém acredito que dentro da nossa escola isso ocorre. Nem sempre acertamos, entretanto ensinamos para nossos alunos o que acreditamos ser certo, mas pela interação acabamos sempre mudando nossa maneira de pensar e agir perante essas crianças.

    Sobre questão das relações cotidianas acredito também que o respeito deve vir em primeiro lugar e como já foi dito pela prof. Josi - respeitar as diferenças- e ainda acrescento devemos crescer com elas .

    ResponderExcluir
  3. 1-Apesar de tentarmos de todas as formas, sabemos que nossa escola não é composta somente por aspectos positivos. Buscamos sempre o crescimento dos nossos alunos, seu desenvolvimento e a integração mas sabemos que existem problemas tanto na questão de aprendizagem quanto no que diz respeito à conduta e disciplina o que muitas vezes se percebe em diferentes formas de violência.
    2-Sobre a escolha da profissão de professor concordo com as colegas Josi e Germana quando dizem que os cursos não preparam os futuros professores para a realidade da sala de aula. Ao escolhermos a profissão de professor não sabemos que estaremos frente a desafios, mas tais situações só poderão ser resolvidas com o trabalho e a experiência do dia a dia em sala de aula.
    3-Gostamos de ensinar, de conviver e construir conhecimento com nossos alunos, trocas são realizadas a todo o momento onde transmitimos idéias do nosso mundo e muitas vezes aprendemos sobre o mundo deles.
    4-É difícil não transmitir ao aluno aquilo em que se acredita, a forma como se vê o mundo e as diferentes situações que ocorrem em nossa sociedade. O que devemos é deixar claro que cada indivíduo tem a sua forma de pensar, a sua maneira de agir e dentro de uma sociedade o respeito ao outro e às diferentes opiniões deve sempre prevalecer.
    5-O respeito deve orientar as relações cotidianas.

    ResponderExcluir
  4. O texto abordado abre espaço para uma reflexão urgente na atualidade. Percebemos à nossa volta que a violência continua uma constante na história. Os motivos que alimentam conflitos e guerras entre os seres humanos são diversos a injustiça social/econômica divergências culturais, religiosas e políticas, tudo faz parte da realidade em que encontramos e traduz o nosso dia a dia. Por isso é importante acordarmos com certa urgência para que ideias de soluções de conflitos e busca de direitos baseado no diálogo e respeito mútuo sejam ferramentas empregadas em nossas vidas, mesmo que esteja longe de ser concretizado em nossa sociedade, precisamos no mínimo que seja desejado na plena luta por um mundo melhor.
    Como é difícil educar nos novos tempos, os jogos apresentam violências, os programas mais assistidos ensinam humilhar o outro com gestos e palavras, a política instrui como não ser ético enfim são tantas referências que fundamentam essa dificuldade que esta em nossas mãos, formar cidadãos completos, bons pais, bons profissionais, como? Em meio a tantos exemplos errôneos vivenciados por nossas crianças e jovens diariamente.
    Quando assumimos a responsabilidade der ser pai, mãe, professor concordamos com esse desafio e passamos a ser observados, todos nossos atos, são exemplos a ser seguidos , por esse motivo é que precisamos dar o melhor de nós, podemos desistir de ser professores, mudar de profissão mas nunca deixaremos de ser pais formadores de opiniões, neste sentido direciono o assunto para as famílias, não como ato de passar a bola e me isentar como professor, pois tenho consciência do importante papel que exerço frete meus alunos, mas assumo minha postura como mãe e divido com vocês pontos que acho importantes no combate a violência.

    ResponderExcluir
  5. Continuação...
    Sempre converso com meus filhos como é a vida em sociedade, como são as regras e quais as perdas que teremos em não cumpri-las, e quando erram não fico do lado deles faço que aprendam com eles. Oriento o repudio a violência e a busca dos seus direitos sem usar agressividade, o dialogo e o respeito com o próximo é a base para que sejam respeitados também, acredito que para muitos essa educação é para a submissão, mas tenho convicção que educo para pensar, para humanizar.
    Encontro em nossa escola, muitas famílias com essa ideologia, que assumem quando erram e também quando seus filhos erram, buscam conosco, professores, equipe diretiva estratégias de ajudar seus filhos aprender com os erros, mas deparamos com situações contrarias em que responsáveis por educar tentam mascarar atitudes erradas, discursando que nós é que não sabemos lidar com o aluno e que em casa eles não agem assim como estamos descrevendo, bem em casa não tem diversidades de opiniões e talvez esse mesmo filho não precise se expressar, então sua família não conhece como resolve algumas situações cotidianas, ou então a agressividade é tão natural dentro da família que o aluno apenas esta reproduzindo o exemplo de quem o educa. Fingir que não viu atos que expressam violência mesmo quando o filho diz estar brincando, é o mesmo que dizer: - você esta certo, siga em frente, continue humilhando seu próximo assim eu não me preocupo em buscar ajuda, e minha vida será a mesma, até você se tornar um adulto então a sorte dirá o que devera ser, isso é omissão, o contrario de educar, amar. Educar não é fácil, mas preciso, e amar não é só dizer sim.
    Minha contribuição ficou extensa, mas são tantas angustias que acabo querendo dizer tudo de uma vez só, finalizo nossa reflexão com um pedido a todos que desempenham o papel de cuidar de alguém, seja criança, jovem conversem mais com eles,perguntem como foi seu dia na escola, que trabalhos estão fazendo em cada disciplina, investigue como é o recreio como se relacionam, e quando eles não tiverem nada de bom para contar venha até nós, talvez as atitudes de seu filho podem não estar permitindo algo de bom para contar.
    Caros colegas, pais, mães e alunos deixam como sugestões de leitura as obras do doutor psiquiatra Içami Tiba, ícone em ajuda para as famílias que ainda lutam por um mundo mais justo nos novos tempos. http://www.tiba.com.br/artigos/
    Lembramos!
    “todos se preocupam de deixar um mundo melhor para os seus filhos. Mas quem está se preocupando em deixar filhos melhores para o nosso mundo?
    Agradeço o espaço para expressar o que sinto e penso!
    Andréia Londero

    ResponderExcluir
  6. *Um ambiente que reconhece e valoriza diferenças,através da aceitação e cooperação.mas a realidade é que a violência em suas diferentes formas é um fato cotidiano,pois a escola é um espaço onde diversas ambiguidades e conflitos convivem e se reproduzem.

    *Certamente não é o fator econômico,mas uma escolha feita com reflexão e consciência,considerando os inúmeros desafios e responsabilidades inerentes à profissão.

    *Geralmente não nos despimos de nossos valores,e acabamos repassando para os alunos nossas "verdades."

    *É difícil sermos profissionais capazes de questionar e analisar nossas práticas para que a ação educativa seja feita no sentido da reflexão e mudança.

    *Nossas relações devem ser baseadas e orientadas no respeito,na afetividade,no diálogo num esforço na busca da praticidade e eficiência para construção de um ambiente escolar capaz de promover a humanização e o conhecimento.

    ResponderExcluir
  7. Colegas
    Acho muito importante esse nosso espaço de reflexão. Mesmo nele já podemos perceber o quanto a nossa individualidade nos dá habilidade para uma ou outra área. Enquanto uns demonstram uma capacidade discursiva maior, outros têm uma objetividade de dar inveja. Mesmo assim, continuamos na escola a tratar os nossos alunos de forma homogênea: os planejamentos prevêem no início do ano conteúdos para cada etapa de aprendizagem, onde se pressupõe que todos devem alcançar o mesmo produto final. Mas como tratar pessoas diferentes, heterogêneas, de forma igual? Baseada em que modelo de aluno a escola estabelece a sua prática? A responsabilidade pelo nº crescente de fracassos na escola é somente da família, da sociedade como um todo? A escola não faz parte desse todo?
    Não esperem respostas porque não as tenho, estou assim como vocês, me dispondo a dialogar com nossas práticas, rever nossos conceitos, pois uma certeza eu tenho: precisamos constantemente repensar o nosso fazer. Se o mundo muda a uma velocidade gigantesca, como a escola pode continuar imutável?

    ResponderExcluir
  8. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  9. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  10. O respeito deve orientar as relações.

    ResponderExcluir
  11. • O espaço escolar constitui-se em local privilegiado onde, se por um lado se explicitam as contradições e os antagonismos, por outro é possível que se constituam e se articulem interesses sociais mais justos, democráticos e solidários. A escola em que atuamos apresenta inúmeros problemas de preconceito e intolerância, e consequentemente, muitos casos de violência, mas é nesse local também, que procuramos desenvolver valores e atitudes mais humanas.


    • Podemos ter escolhido esta profissão por diversos motivos, mas se continuamos nela precisamos ter comprometimento, responsabilidade e amor por aquilo que fazemos.

    • Geralmente repassamos aos nossos alunos os nossos valores, nossa visão de mundo. Precisamos aprender a conviver, aceitar e respeitar as diferenças para que todos se sintam acolhidos e valorizados no ambiente escolar.

    • Refletindo e avaliando nossa prática. Precisamos conhecer e reconhecer as diferentes habilidades dos nossos alunos. Com tantas diversidades, não podemos querer um único modelo ideal de aluno numa sala de aula.

    • Nossas relações devem ser baseadas e orientadas pelo respeito e tolerância.

    ResponderExcluir
  12. A escola em que atuamos evidencia inúmeros problemas, porém é notável que se sustenta muito mais pela solidariedade dos profissionais da educação que atuam nela, do que por conta das políticas públicas que deveriam fazê-la funcionar direito.

    Sobre a escolha profissional concordo com a colega Tânia, quando diz que certamente não é pelo fator econômico. O professor tem como principal tarefa disseminar o conhecimento, porém, tem dividido seu tempo para desempenhar atividades que não deveriam estar no seu dia-a-dia. Na minha opinião eles passaram a ter funções que, na verdade, são de psicólogos, assistentes sociais, e até dos pais. Mas enfim, quero acreditar que as pessoas têm ideais e abraçam as profissões por amor, porque isso é fundamental para ser um bom profissional.

    Geralmente passamos aos nossos alunos as nossas verdades e nossos valores. É preciso aprendermos com as diferenças, por vezes noto em algumas pessoas uma dificuldade em recuar sobre a sua própria forma de agir e de pensar.

    Acredito que é possível exercer uma influência direta no outro e produzir grandes mudanças. Levando em consideração que cada indivíduo é único em sua forma de pensar e agir, com suas experiências e concepção do mundo que o rodeia.

    Nossas relações devem ser baseadas pelo respeito e tolerância.

    ResponderExcluir
  13. A escola em que atuamos está longe de ser perfeita, porém buscamos de todas as formas atender as demandas da melhor forma possível.

    A escolha da profissão independe das implicações que iremos enfrentar em nosso fazer pedagógico. Compartilhar conhecimentos, trocar experiências, ensinar o pouco que sabemos e principalmente lidar com pessoas e não somente com máquinas me levou a essa escolha.

    Nos dias de hoje é muito mais difícil ser professor. Hoje já não basta ensinar, é preciso educar baseaando nossas atitudes no respeito ao próximo, orientar visando o bem comum, conviver e estabelecer laços afetivos, construir regras e conceitos. Quem não estiver disposto a isso não deverá mesmo optar por essa profissão.

    Quando ensinamos, conversamos e construimos algo com nossos alunos transmitimos a eles conceitos que estão em nós e que nos foram passados por alguém, isso se chama "curriculo oculto". Transmitimos as nossas verdades, a nossa forma de ver o mundo e de nos relacionarmos com as pessoas, a forma como interagimos com o conhecimento e o que fazemos com ele.

    Acredito que o princípio de tudo é o respeito. É preciso então ouvir o que o outro tem a dizer respeitando sua individualidade. É preciso mostrar os vários lados de um mesmo assunto e permitir que o outro construa sua própria opinião e apartir de suas escolhas construa sua identidade.

    Como somos formadores de opinião é necessário que busquemos o respeito nas relações, a verdade e o respeito às diferenças. Certa vez ouvi uma frase e nunca esqueci "Educamos mais pelos exemplos do que pela fala..."

    ResponderExcluir
  14. Respostas enviadas pela professora Giovana

    1- A escola em que atuamos reflete, inevitavelmente, os valores e os problemas existentes em nossa sociedade. Apesar de procurarmos trabalhar constantemente com os alunos questões como respeito às diferenças e a tolerância, sabemos que a violência (seja física ou verbal) é uma realidade que não pode ser ignorada.
    2- Acredito que muitos escolhem a área da licenciatura devido aos incentivos financeiros que são oferecidos pelo governo, atualmente, uma vez que há carência de profissionais na educação. Porém, a partir do momento que resolvemos trabalhar na área do magistério precisamos gostar da profissão e sermos comprometidos.
    3- Certamente gostamos de ensinar, de conviver e construir conhecimento e, durante o processo de ensino e aprendizagem, trocamos ideias e experiências com os alunos sobre o mundo e a realidade que nos cerca.
    4- É difícil não transmitirmos nossas crenças e valores para os alunos. Por isso, a nossa responsabilidade na educação é grande; consequentemente, torna-se necessário enfatizarmos o respeito à liberdade de pensamento.
    5- Devemos orientar as nossas relações cotidianas com base no respeito e na tolerância.

    ResponderExcluir
  15. Respostas enviadas pela professora Fernanda

    1- A escola em que atuamos tem profissionais dedicados em sua maioria, que se propõem, através do respeito e do amor ao próximo fazer sua parte para construir uma sociedade mais justa.
    2- Ao escolhermos esta profissão estamos cientes da necessidade de se estar constantemente examinando as novas ideias para a educação e inserindo em nossa prática aquelas que a aperfeiçoam.
    3- Nós lhes ensinamos que estamos inseridos num mundo muito violento, mas que nós temos, através de nossas atitudes, a possibilidade de torná-lo melhor.
    4- Através do diálogo, de uma relação de tolerância às diferenças de opinião.
    5- Observando a ética (as normas de boa conduta) que regem a sociedade.

    ResponderExcluir
  16. Resposta enviada pela professora Luciane

    Concordo com a Fernanda quando afirma que nossa escola dispõe de profissionais dedicados a tornar nossa sociedade mais justa por meio do respeito e amor ao próximo.

    Também penso que ao escolhermos esta profissão precisamos estar dispostos a continuar nossa aprendizagem numa busca contínua a aprender a ensinar, o quê ensinar e para quem ensinar?

    É fato que para alcançar-mos a realização pessoal é imprescindível gostarmos do que fazemos.

    Nossa profissão envolve dedicação, horas e horas de trabalho (mesmo longe dele),desvalorização econômica entre outros contras;Porém é extremamente gratificante quando vemos nossos alunos disseminando saberes e tendo una nova perspectiva frente ao mundo.

    É muito difícil transmitirmos valores sem moldar os alunos aquilo que pensamos no momento ser o correto. Por este motivo não podemos deixar de lado a ética, um olhar justo mas principalmente mais humano regendo nossas relações aluno-professor.

    ResponderExcluir
  17. Todo o início de ano e no decorrer, nós professores nos deparamos com realidades e dificuldades que são colocadas para nós.
    Alunos com dificuldades de aprendizagem, sem limites,a moderna inclusão,enfim, mesmo assim conseguimos chegar ao final do ano firmes.

    Tenho certeza que a escola em que trabalho(Vicente Freire) dispõe de profissionais dedicados e que compreendem e sempre estão dispostos a nos ajudar.

    Percebo que para ser professor nos dias de hoje é necessário muita paciência, respeito pelo nosso aluno, e afetividade. A afetividade é como uma energia necessária para que se tenha a apropriação do saber.É um sentimento que aproxima aluno e professor no gosto pelo fazer e o amor aos seus alunos.


    Ser professor é realmente um desafio.

    ResponderExcluir